terça-feira, 13 de dezembro de 2011

HTML 5: Uma Linguagem Revolucionária


Mais compatibilidade na exibição de vídeos via internet, aprimorar o uso offline de aplicações web e exibir gráficos interativos com facilidade no browser estão entre os avanços permitidos pela evolução de uma linguagem que ficou uma década sem atualização, o HTML 5 evolui e abre caminho para browsers auto-suficientes com avanços em multimídia e aplicações offline. Conheça a linguagem que vai revolucionar sua navegação na web:

A quinta versão da linguagem de desenvolvimento HyperText Markup Language (HTML), responsável por organizar e formatar as primeiras páginas que visitamos na internet, é a grande aposta de empresas como Google, Mozilla, Apple e Opera para levar as aplicações à web. A versão final mais recente da linguagem é o HTML 4.0.1, aprovado em 1999.

"Por isso o frisson em relação ao HTML 5. A linguagem ficou muito tempo sem evoluir e as pessoas adotaram maneiras alternativas de resolver os problemas de programação na web", afirma o professor do departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP), Marco Aurélio Gerosa.

A evolução do HTML influi na forma como os navegadores fazem a leitura dos códigos de programação e montam as páginas web para o internauta.

Apesar de o HTML não ter mudado desde 1999, já passamos por uma boa e recente transformação na forma como escrevemos páginas Web, conta Rodrigo Leme, coordenador de projetos web da agência Espiral Interativa. “Há aproximadamente quatro anos, praticamente todos os sites eram ‘diagramados’ com a utilização do recurso de tabelas do HTML. Com a demanda por páginas mais leves, mais rápidas e com mais recursos, passamos a usar apenas a linguagem Cascading Style Sheet (CSS) para cuidar da parte visual de um site, deixando assim o HTML apenas com o conteúdo estruturado, explica.


Agora com o conteúdo mais estruturado e, com a continuidade da evolução da web, na qual a organização de conteúdo (web semântica) passou a ser ponto chave, as linguagens de desenvolvimento sofreram uma carência de recursos.

“A coisa mais simples que posso citar é a enorme falta de tags (marcações ou orientações para que o navegador saiba como exibir uma informação) para podermos estruturar as páginas de forma mais concisa e que essas façam mais sentido para que os mecanismos de busca exibam resultados ainda melhores”, afirma Leme.

Com a chegada do HTML 5, o gerente de projetos ainda destaca a oferta de interfaces de programação de aplicações (APIs, na sigla em inglês) para o desenvolvimento de aplicações no browser como acesso offline, recursos gráficos 2D – por meio da tecnologia Canvas - e para áudio e vídeo. “Elas vêm para quebrar o paradigma de que o browser é simplesmente um ‘exibidor de páginas’”, afirma.

"O HTML 5 oferece uma experiência de web mais rica para usuários e ferramentas adicionais a desenvolvedores, que podem criar aplicações mais complexas com base em um conjunto de padrões abertos", explica Alejandro Villanueva, responsável pelo relacionamento com comunidades de desenvolvedores do Google na América Latina. 

Multimídia
O avanço na programação de vídeos é o principal destaque do HTML 5. A nova versão da linguagem contempla uma série de tags para objetos multimídia como vídeos, arquivos de áudio e gráficos vetoriais - incluindo animações em linguagem Flash -, que se adaptam ao formato da tela e não precisam ser redesenhados.

Para serviços de vídeos como o YouTube, do Google, o HTML 5 quebra barreiras de compatibilidade com os programas que exibem vídeos em diferentes navegadores. 

O Google publicou na internet um protótipo do YouTube baseado em HTML 5 e recentemente fez uma série de demonstrações da aplicação do HTML 5 em seu site de vídeos durante a conferência Google I/O, para desenvolvedores. "Embora seja uma versão experimental do YouTube, ela se mostra bastante promissora" comenta Villanova. 

Aplicações offline
Na avaliação do professor Gerosa, a principal mudança provocada pelo HTML 5 será a forma de armazenar os dados na máquina do usuário. "Com o HTML 5 é possível armazenar dados na máquina do cliente, sem que eles tenham de ser guardados no servidor web" afirma.

A mudança também facilita a criação de novas aplicações online que funcionam enquanto o usuário está desconectado e depois são sincronizadas via internet, como o Google Gears, que permite a sincronização de aplicações offline dos programas do Google Apps.

O interesse do Google no HTML 5 se explica pela evolução dos serviços baseados na web - não mais no desktop - já que o HTML 5 conta com tags (marcações) que facilitam o desenvolvimento de aplicações que rodam em servidores web. "É possível criar uma aplicação em interface web com recursos de arrastar e soltar, por exemplo", destaca Gerosa.

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